Ao participar do curso FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ACESSÍVEIS não tinha idéia do quanto eu aprenderia. Dentro das possibilidades em Tecnologias Assistivas recebemos como tarefa conhecer, explorar e aplicar uma das TAs. Escolhi trabalhar com o DOSVOX (O DOSVOX é um sistema para microcomputadores da linha PC que se comunica com o usuário através de síntese de voz, viabilizando, deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais, que adquirem assim, um alto grau de independência no estudo e no trabalho).
Ao propor a experiência com o Dosvox com Margith tive inúmeras dúvidas, entre elas sobre minha capacidade de executar a proposta.
À medida que o tempo passava percebi que tinham duas pessoas naquele ambiente aprendendo e divertindo-se (a aluna e eu). Optei por esquecer que eu estava ali como educadora e me permiti sentir insegurança. Não sei se a qualidade da proposta foi boa se a estratégia foi adequada, mas o fato da aluna ter ficado deslumbrada com a possibilidade de utilizar o Dosvox como ferramenta de aprendizagem já valeu à pena. Alguns alunos que acompanharam o exercício comentaram que era legal ter um “programa diferente! O Word não tem graça, pois não tem voz”. A produção textual produzida pela aluna ficou razoável. Houve muita dificuldade em redigir as palavras e estruturar o parágrafo. Mas, como primeira experiência... deu certo!
A exploração dos jogos foi o recurso que a aluna mais gostou de experimentar. Foi muito bom ter visto o entusiasmo de Margith. Fiquei impressionada e emocionada com a forma de entrega às ações dos jogos. Eu imagino o que tenha significado pra ela tamanha ação.
Penso que oportunizar a descoberta de um facilitador da aprendizagem não foi tão importante quanto possibilitar a referida aluna um link de inclusão e socialização com o restante da turma. À medida que nossos contatos avançavam eu percebia que os demais alunos procuravam matar sua curiosidade frente ao Dosvox permitindo que Margith falasse sobre “nossas” descobertas.
Saliento neste relatório que foi uma experiência impressionante. À medida que os dias passavam fui me envolvendo com a aluna, com a proposta e com os demais membros da escola. Alguns colegas de profissão ficaram muito interessados com tudo que presenciaram e me propus a ajudá-los com o assunto.
Acredito que como primeira experiência tudo foi muito válido. Não acredito que o exercício de docência tenha sido adequado ou bom, mas foi, sem sombra de dúvida, interessante. Aprendi muito mais que ensinei.
Imagens não postadas por solicitação da família.
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